quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Refeição



O horário de alimentação vai depender muito do tempo em que permanece na escola. De qualquer maneira, não deverá receber menos de quatro refeições ao dia.
O lanche assume, nesta fase, grande importância, podendo ser constituído de: uma fruta, um sanduíche com recheio predominantemente protéico e uma bebida nutritiva (água, leite ou suco de frutas).
O acondicionamento do lanche é muito importante. Todo o cuidado para mantê-lo em ordem se faz necessário, pois a apresentação vai interferir no consumo.
Referente ao lanche a ser consumido eventualmente na cantina deverá haver orientação para que a escolha seja adequada.

Cardápio modelo

Café-da-manhã
Melão em cubinhos
Leite com chocolate
Pão francês com margarina e geléia de morango

Lanche da manhã
Suco de laranja com mamão
Bolacha doce sem recheio

Almoço
Salada de cenoura ralada
Bife grelhado
Brócolis ao alho e óleo
Arroz
Feijão
Melancia

Lanche da tarde (pode ser o lanche da escola)
Leite achocolatado
Bolo simples

Jantar
Salada de alface
Estrogonofe de frango
Batata corada
Arroz
Morango

Lanche da noite
Leite com cereais


REFERÊNCIA
GALISA; M.S; ESPERANÇA; L.M.B e SÁ; N.G Nutrição conceitos e aplicações. São Paulo: M. Books do brasil Ltda. 2008

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dica 1

Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.

Frutas, legumes e verduras são ricos em vitaminas, minerais e fibras e devem estar presentes diariamente nas refeições, pois contribuem para a proteção à saúde e diminuição do risco de ocorrência de várias doenças.
Varie o tipo de frutas, legumes e verduras consumidos durante a semana. Compre os alimentos da época (estação) e esteja atento para a qualidade e o estado de conservação deles.
Para alcançar o número de porções recomendadas, é necessário que esses alimentos estejam presentes em todas as refeições e lanches do dia. De preferência a frutas, legumes e verduras crus.
Procure combinar verduras e legumes de maneira que o prato fique colorido, garantindo assim diferentes nutrientes.
Sucos naturais de fruta feitos na hora são os melhores. A polpa congelada perde alguns nutrientes, mas ainda é uma opção melhor que sucos artificiais, em pó ou em caixinha e aqueles processados com muito açúcar, como os néctares de fruta.



REFERÊNCIA

Guia alimentar: como ter uma alimentação saudável. Dísponível em http://www.saude.gov.br/. Acesso em 20/10/2010
Dica 2

Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação.

Consuma no máximo uma porção do grupo dos açúcares e doces por dia.
Valorize o sabor natural dos alimentos e das bebidas evitando ou reduzindo o açúcar adicionado a eles.
Diminua o consumo de refrigerantes e de sucos industrializados; a maioria dessas bebidas contém corantes, aromatizantes, açúcar ou edulcorantes (adoçantes artificiais), que não são bons para a saúde.
Prefira bolos, pães e biscoitos doces preparados em casa, com pouca quantidade de gordura e açúcar, sem cobertura ou recheio.




REFERÊNCIA

Guia alimentar: como ter uma alimentação saudável. Dísponível em http://www.saude.gov.br/. Acesso em 20/10/2010



Recomendações Nutricionais de vitaminas e minerais.

Nutrientes
Quantidade
Vitamina A
700 mcg RE/dia
Vitamina D
5 mcg/dia
Vitamina C
45 mg/dia
Ferro
10 mg/dia
Zinco
10 mg/dia
Cálcio
800 mg/dia











VITAMINA A: participa na formação do pigmento de alta sensibilidade, que possibilita a habilidade dos olhos para se adaptar às mudanças na luz. É necessária para manter e construir todas as células epiteliais do organismo. Participa do crescimento de ossos e tecidos. Atua como antioxidante e essencial na manutenção da resistência a infecções.
A deficiência dessa vitamina causa xeroftalmia, caracterizada por cegueira noturna, baixa resistência  imunológica.
São fontes de vitamina A os alimentos: fígado, rim, manteiga, gema de ovo, leite integral, queijos, creme de leite, frutas e hortaliças de cor alaranjada como: cenoura, moranga, abobora madura, manga e mamão e vegetais de folhas verde-escuras como: mostarda, couve, agrião e almeirão.

VITAMINA D: essencial para crescimento e desenvolvimento normais, na formação e manutenção de ossos e dentes e na manutenção dos níveis séricos de cálcio e fósforo.
A deficiência em crianças causa raquitismo (má formação óssea). A vitamina D é proveniente da alimentação (leite, manteiga, queijos gordurosos, margarinas enriquecidas, ovos, e óleos de fígado de peixe) e também é sintetizada pelos raios UVB. Crianças que são pouco expostas ao sol e não tem uma alimentação com índices adequados desse mineral são vulneráveis a essa deficiência.

VITAMINA C: Essencial para o crescimento, participa da formação de ossos e dentes, mantém integridade capilar, promove a cicatrização dos ferimentos e fraturas, reduz tendências a infecções, aumenta a absorção de ferro.
A deficiência provoca fraqueza, perda de apetite, redução de crescimento, anemia e  inflamação das gengivas.

Presente em acerola, cereja, frutas cítricas, tomate, pimentão, repolho cru e vegetais folhosos.

FERRO: Responsável pelo transporte de oxigênio e respiração celular.
A deficiência pode causar anemia ferropriva.
O ferro esta em maior quantidade em alimentos como: fígado, rins, coração, língua e carne vermelha. Com menor biodisponibilidade em vegetais de cor verde escuro, leguminosas, frutas secas, pães de trigo integral e cereais integrais.

ZINCO: Importante para mobilização e transporte da vitamina A para a circulação. |è constituinte da insulina e de muitas enzimas importantes no metabolismo. Participa também da síntese protéica.
Sua deficiência pode causar atraso no crescimento, falta de apetite, dermatites, perda de paladar e olfato e dificuldade de cicatrização.
Encontra-se em alimentos como: carne, fígado, ovos, moluscos (ostras), peixes, aves, cereais e leguminosas. É importante observar que uma dieta balanceada em proteínas supre a necessidade de zinco.

CÁLCIO: importante na formação de ossos e dentes atua no processo de cicatrização, contração muscular, transmissão nervosa, síntese, secreção e metabolismo dos hormônios protéicos alem da regulação dos batimentos cardíacos.
Sua deficiência pode causar raquitismo, fraqueza óssea e tetania (dor muscular).
Provindo de alimentos fontes de produtos lácteos como: leite, queijos, iogurtes e coalhadas; vegetais folhosos e verdes grãos integrais, legumes, frutas secas, ovos, sardinhas, mariscos, ostras e salmão.




REFERÊNCIA

GALISA, S.G; ESPERANÇA, L. M. B; SÁ, N.G. Nutrição Conceitos e Aplicações. São Paulo: M. Books do Brasil Ltda, 2008.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pirâmide Alimentar



Os guias alimentares são instrumentos práticos utilizados na orientação de pessoas e populações para o consumo de alimentação balanceada, destinada a promover saúde e hábitos alimentares corretos.
A pirâmide alimentar é uma representação gráfica facilitadora para a visualização dos alimentos, bem como sua escolha e proporções nas refeições do dia. Ela é formada por oito grupos de alimentos, divididos em quatro níveis:
·         1º nível/ base: corresponde aos alimentos que formam a base da nossa alimentação e fornecem a maior parte de energia que necessitamos: cereais, pães, massas, biscoitos, bolachas e bolos.
·         2º nível: corresponde aos alimentos que regulam as funções do nosso organismo e aumentam a resistência às doenças por serem ricos em vitaminas, minerais, fibras e água. São eles: hortaliças (legumes e verduras) e frutas.
·         3º nível: fonte de proteínas, importante para a formação e manutenção de todas as células e tecidos orgânicos, é essencial ao crescimento normal. Os alimentos construtores são: leites, coalhada, iogurte e queijos; carnes e ovos e leguminosas (feijões).
·         4º nível/ topo: desempenham papel importante, agem como lipídeos estruturais na composição da membrana e como fonte de ácidos graxos essenciais, necessários ao desenvolvimento do organismo, como fonte de energia nesse período da vida. Estão nos seguintes alimentos: óleos e gorduras, açúcares e doces (inclusive mel).




REFERÊNCIA
GALISA, S.G; ESPERANÇA, L. M. B; SÁ, N.G. Nutrição Conceitos e Aplicações. São Paulo: M. Books do Brasil Ltda, 2008.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Anemia Ferropriva


A Anemia é a diminuição de hemoglobina no organismo, uma proteína localizada dentro dos glóbulos vermelhos do sangue, que possui o ferro responsável por levar oxigênio aos tecidos.
A anemia é a desordem mais comum do sangue. Há vários tipos de anemia, produzidos por uma variedade de causas.
Quando a dieta habitual do escolar tem quantidade insuficiente de vitaminas e minerais, principalmente de ferro, desenvolve primeiro um quadro de deficiência, mas sem nenhum sintoma. Se continuar com uma dieta pobre em vitaminas e minerais, a deficiência evolui para uma carência nutricional que pode deixar conseqüências a saúde.
 A anemia ferropriva é caracterizada por um estado nutricional deficiente ou carente de ferro. É consequencia de uma doença que depleta esse mineral ou de uma alimentação que fornece uma quantidade insuficiente.
Uma consequencia da anemia é a falta de apetite, que por sua vez, leva à menor ingestão de ferro, criando um ciclo vicioso. Além disso, atinge o crescimento e o desenvolvimento físico e mental das crianças, acarretando sonolência, incapacidade de fixar a atenção e diminuição na acuidade mental, o que leva ao comprometimento do rendimento escolar. Nesta faixa etária pode ainda provocar redução da capacidade imunológica, acarretando maior susceptibilidade às infecções.
Confirmada a anemia, feita por exame clínico e laboratorial, deve-se em primeiro lugar corrigi-la, com a ajuda de um pediatra. A suplementação medicamentosa quase sempre é necessária, pois só o ferro obtido da alimentação não é suficiente para repor as reservas que estão baixas, no caso da anemia.
A alimentação adequada, com base nesse mineral, previne anemia e mantém os níveis normais de ferro no organismo.

REFERÊNCIAS

CTENAS; M.L.B e VITOLO; M.R. Crescendo com saúde: o guia de crescimento da criança. São Paulo: C2 editora e Consultoria em nutrição, 1999.
SANTOS; C.D et.al. Anemia em escolares da primeira serei do ensino fundamental da rede publica de Maceió, Alagoas, Brasil. Caderno de saúde publica. Volume 18 n° 6. Rio de Janeiro Nov/dez 2002.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Baixo peso e dificuldade em se desenvolver





Desnutrição é uma situação de falta de nutrientes, deixando a pessoa fraca. A quantidade de nutrientes de que uma pessoa precisa varia de acordo com sua idade, altura, estilo de vida (se faz esportes, por exemplo) e muitos outros fatores. Portanto, fique atento ao que seu filho come: a desnutrição traz muitos problemas, atrapalhando até mesmo o crescimento.
A perda de peso, ausência de ganho de peso ou dificuldade em se desenvolver (DD), podem ser causadas por enfermidade aguda ou crônica, dieta restrita, falta de apetite, a constipação ou medicação, privação ou simples ausência de alimento
Uma avaliação cuidadosa da DD é critica e deve abranger o ambiente social e emocional do escolar, assim como qualquer achado físico.
Os estudos documentam falha de crescimento (pouco ganho de peso, baixa estatura e puberdade atrasada) nas crianças que restringiam suas dietas com receio de ficarem obesas. Em parte, foi associada as restrições de alimentos que surgem de: 1.preocupações dos pais sobre a obesidade, aterosclerose ou outros problemas de saúde potenciais; e 2. Ingestão de suco de fruta em excesso (AAP, 2001; Pugliese e cols., 1987)
A ausência de fibra na dieta ou hábitos intestinais precários que levam a constipação crônica pode resultar em falta de apetite, menor ingestão de alimentos e dificuldade em se desenvolver. Adicionar leguminosas e frutas (especialmente frutas secas), vegetais, cereais de café da manha de alto teor de fibras, muffins de farelo, ou todos, a dieta podem ajudar a aliviar a constipação, melhorar o apetite eventualmente promover o ganho de peso.
Se o escolar também tem baixa estatura, a possibilidade de deficiência de zinco deve ser investigada.
O fornecimento de energia e nutrientes adequados, assim como a educação de nutrição, deve estar entre objetivos do plano de tratamento. A nutrição é com frequência uma parte do plano interdisciplinar total para auxiliar os escolares e suas famílias.

REFERÊNCIA

STUMP; S. S e MCHAN; L. K Alimentos, nutrição e dietoterapia. 11º edição. São Paulo: Roco, 2005.

sábado, 25 de setembro de 2010

Obesidade


A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2002) define obesidade como um excesso de gordura corporal acumulada no tecido adiposo, com implicações para a saúde.
Crianças com sobrepeso desenvolvem um conjunto característico de traços físicos. Elas normalmente iniciam a puberdade mais cedo e crescem mais que seus colegas em um primeiro momento, mas param de crescer a uma altura mais baixa. Desenvolvem ossos maiores e massa muscular em resposta à exigência de ter de carregar mais peso. Consequentemente elas parecem mais “fortes” mesmo perdendo o excesso de gordura.
Crianças nessas condições exibem um perfil de lipídios no sangue que indicam que a aterosclerose está começando a se desenvolver: altos níveis de colesterol total, triglicérides e colesterol LDL. Crianças com sobrepeso também tendem a ter pressão arterial alta; de fato, a obesidade do tipo 2 e doenças respiratórias (como asma) são excepcionalmente altos.
Uma vez que o excesso de gordura foi armazenado, ele é extremamente difícil de ser removido. Sob essa condição, os pais são encorajados a fazer maiores esforços para prevenir a obesidade infantil ou para iniciar o tratamento mais cedo. O tratamento deve considerar os vários aspectos do problema e possíveis soluções. Uma abordagem integrada é recomendada, envolvendo dieta, atividade física, apoio psicológico e alterações no comportamento.
A meta inicial para as crianças que apresentam sobrepeso é reduzir a taxa de ganho de peso, ou seja, manter o peso enquanto a criança cresce. O crescimento contínuo realizará então a mudança desejada do peso para altura. A perda de peso normalmente não é recomendada porque a restrição da dieta pode interferir no crescimento e no desenvolvimento.
O peso dos brasileiros vem aumentando nos últimos anos. O excesso de peso e a obesidade são encontrados com grande frequência, a partir de 5 anos de idade, em todos os grupos de renda e em todas as regiões brasileiras.
Em 2008, o excesso de peso atingia 33,5% das crianças de cinco a nove anos, sendo que 16,6% do total de meninos também  eram obesos; entre as meninas, a obesidade apareceu em 11,8%. A parcela dos meninos e rapazes de 10 a 19 anos de idade com excesso de peso passou de 3,7% (1974-75) para 21,7% (2008-09), já entre as meninas e moças o crescimento do excesso de peso foi de 7,6% para 19,4%.
A prática de uma dieta balanceada desde a infância favorece níveis ideais de saúde, crescimento e desenvolvimento, evitando assim a manifestação da obesidade.
Se a meta é tratar ou prevenir a obesidade, essas estratégias podem se úteis:
  • Limite, mas não restrinja alimentos com alto teor de gordura e açúcar, incluindo refrigerante com açúcar.
  • Nunca force as crianças a limpar seus pratos.
  • Desencoraje-as a comer enquanto assistem TV.
Assim como uma dieta balanceada, é importante também a prática de atividade física para melhorar o peso da criança. Mais importante, os pais precisam ser um bom exemplo. Pode ser tão simples como andar de bicicleta, de patins, brincar de pega-pega, pular corda ou mesmo ajudar nas tarefas domésticas. A atividade física é um comportamento natural e vitalício de uma vida saudável.

POF 2008-2009: desnutrição cai e peso das crianças brasileiras ultrapassa padrão internacional, disponível no site: http://www.ibge.gov.br/.  acessado em 25 de setembro de 2010.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

 Alimentação escolar

O período escolar vai dos 7 aos 11 anos. O crescimento durante os anos escolares é lento, porém constante, acompanhado de um aumento na ingestão alimentar.
Hábitos alimentares, gostos e aversões são estabelecidos, a criança já tem mais interesse pelos alimentos e suas necessidades nutricionais são maiores nesta fase. Além disso, ela gasta mais energia em suas atividades esportivas.
Os escolares são mais independentes e, se bem orientados, podem selecionar seus próprios alimentos, assim como determinar a quantidade que vão comer.
O lanche escolar assume, nesta, fase, grande importância. Devem-se estabelecer os dias da semana em que a criança vai comprar o lanche e os dias em que ela o levará de casa, pois eles têm mais acesso a refrigerantes, frituras e guloseimas que, quando ingeridos em excesso, podem levar ao aumento de peso. De preferência, a criança deverá colaborar no preparo de seu lanche, para preservar bons hábitos alimentares, incluindo alimentos mais saudáveis.
Os problemas nutricionais mais frequentes entre os escolares são: obesidade, baixo peso/incapacidade de desenvolvimento, anemia ferropriva e cáries dentárias. (GALISA, 2008).


REFERÊNCIA

GALISA; M.S; ESPERANÇA; L.M.B e SÁ; N.G Nutrição conceitos e aplicações. São Paulo: M. Books do brasil Ltda. 2008