sábado, 25 de setembro de 2010

Obesidade


A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2002) define obesidade como um excesso de gordura corporal acumulada no tecido adiposo, com implicações para a saúde.
Crianças com sobrepeso desenvolvem um conjunto característico de traços físicos. Elas normalmente iniciam a puberdade mais cedo e crescem mais que seus colegas em um primeiro momento, mas param de crescer a uma altura mais baixa. Desenvolvem ossos maiores e massa muscular em resposta à exigência de ter de carregar mais peso. Consequentemente elas parecem mais “fortes” mesmo perdendo o excesso de gordura.
Crianças nessas condições exibem um perfil de lipídios no sangue que indicam que a aterosclerose está começando a se desenvolver: altos níveis de colesterol total, triglicérides e colesterol LDL. Crianças com sobrepeso também tendem a ter pressão arterial alta; de fato, a obesidade do tipo 2 e doenças respiratórias (como asma) são excepcionalmente altos.
Uma vez que o excesso de gordura foi armazenado, ele é extremamente difícil de ser removido. Sob essa condição, os pais são encorajados a fazer maiores esforços para prevenir a obesidade infantil ou para iniciar o tratamento mais cedo. O tratamento deve considerar os vários aspectos do problema e possíveis soluções. Uma abordagem integrada é recomendada, envolvendo dieta, atividade física, apoio psicológico e alterações no comportamento.
A meta inicial para as crianças que apresentam sobrepeso é reduzir a taxa de ganho de peso, ou seja, manter o peso enquanto a criança cresce. O crescimento contínuo realizará então a mudança desejada do peso para altura. A perda de peso normalmente não é recomendada porque a restrição da dieta pode interferir no crescimento e no desenvolvimento.
O peso dos brasileiros vem aumentando nos últimos anos. O excesso de peso e a obesidade são encontrados com grande frequência, a partir de 5 anos de idade, em todos os grupos de renda e em todas as regiões brasileiras.
Em 2008, o excesso de peso atingia 33,5% das crianças de cinco a nove anos, sendo que 16,6% do total de meninos também  eram obesos; entre as meninas, a obesidade apareceu em 11,8%. A parcela dos meninos e rapazes de 10 a 19 anos de idade com excesso de peso passou de 3,7% (1974-75) para 21,7% (2008-09), já entre as meninas e moças o crescimento do excesso de peso foi de 7,6% para 19,4%.
A prática de uma dieta balanceada desde a infância favorece níveis ideais de saúde, crescimento e desenvolvimento, evitando assim a manifestação da obesidade.
Se a meta é tratar ou prevenir a obesidade, essas estratégias podem se úteis:
  • Limite, mas não restrinja alimentos com alto teor de gordura e açúcar, incluindo refrigerante com açúcar.
  • Nunca force as crianças a limpar seus pratos.
  • Desencoraje-as a comer enquanto assistem TV.
Assim como uma dieta balanceada, é importante também a prática de atividade física para melhorar o peso da criança. Mais importante, os pais precisam ser um bom exemplo. Pode ser tão simples como andar de bicicleta, de patins, brincar de pega-pega, pular corda ou mesmo ajudar nas tarefas domésticas. A atividade física é um comportamento natural e vitalício de uma vida saudável.

POF 2008-2009: desnutrição cai e peso das crianças brasileiras ultrapassa padrão internacional, disponível no site: http://www.ibge.gov.br/.  acessado em 25 de setembro de 2010.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

 Alimentação escolar

O período escolar vai dos 7 aos 11 anos. O crescimento durante os anos escolares é lento, porém constante, acompanhado de um aumento na ingestão alimentar.
Hábitos alimentares, gostos e aversões são estabelecidos, a criança já tem mais interesse pelos alimentos e suas necessidades nutricionais são maiores nesta fase. Além disso, ela gasta mais energia em suas atividades esportivas.
Os escolares são mais independentes e, se bem orientados, podem selecionar seus próprios alimentos, assim como determinar a quantidade que vão comer.
O lanche escolar assume, nesta, fase, grande importância. Devem-se estabelecer os dias da semana em que a criança vai comprar o lanche e os dias em que ela o levará de casa, pois eles têm mais acesso a refrigerantes, frituras e guloseimas que, quando ingeridos em excesso, podem levar ao aumento de peso. De preferência, a criança deverá colaborar no preparo de seu lanche, para preservar bons hábitos alimentares, incluindo alimentos mais saudáveis.
Os problemas nutricionais mais frequentes entre os escolares são: obesidade, baixo peso/incapacidade de desenvolvimento, anemia ferropriva e cáries dentárias. (GALISA, 2008).


REFERÊNCIA

GALISA; M.S; ESPERANÇA; L.M.B e SÁ; N.G Nutrição conceitos e aplicações. São Paulo: M. Books do brasil Ltda. 2008